Desportivo das Aves vence Braga e quebra jejum

por Lusa

O lanterna-vermelha Desportivo das Aves quebrou um ciclo de mais de três meses sem vitórias na I Liga, ao impor-se na receção ao Sporting de Braga por 1-0, em encontro da 13.ª jornada.

O avançado iraniano Mehrdad Mohammadi marcou o único golo aos oito minutos e carimbou o segundo triunfo avense na prova, depois da vitória na receção ao Marítimo (3-1), em 18 de agosto, à qual se seguiu um ciclo de dez derrotas consecutivas.

O Aves continua no 18.º e último lugar, com seis pontos, a cinco da ‘linha de água', enquanto o Braga mantém a quinta posição, com 18, em igualdade com Tondela e Boavista, todos a dois do Sporting, quarto colocado, com menos um jogo disputado.

Em plena estreia como treinador anfitrião na Vila das Aves, Nuno Manta Santos trocou cinco unidades face à derrota com o Moreirense (3-2) e promoveu três habituais titulares dos sub-23, entre os quais Zidane Banjaqui, que esteve em evidência aos oito minutos.

O médio luso-guineense foi travado por Pablo Santos em zona frontal, originando um livre que Mohammadi cobrou de forma exemplar, junto ao poste mais próximo do guarda-redes Eduardo, anotando o quinto golo no campeonato.

O lance abrilhantou uma etapa inaugural pautada por quezílias, protestos e agressividade nos duelos, capítulo que reforçou o afinco avense e a desinspiração ‘arsenalista', apenas disfarçada em cabeceamentos de Pablo, aos 17, e de Fransérgio, quatro minutos depois.

Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, o treinador Ricardo Sá Pinto, que fez regressar Ricardo Esgaio e Galeno em relação ao triunfo sobre o Rio Ave (2-0), substituiu André Horta por Rui Fonte à meia hora, mas no Braga acentuou-se a escassez de criatividade.

Com um bloco coeso e um olho deitado no contra-ataque, o emblema do concelho de Santo Tirso voltou a criar perigo em remates ‘enrolados’ de Kevin Yamga, aos 30 minutos, e do estreante Bruno Morais, aos 43, justificando a vantagem transportada para o intervalo.

Os bracarenses surgiram com maior ‘tração ofensiva’ no reatamento e Paulinho esteve perto do empate aos 54 minutos, num canto que resvalou no poste direito, na parte inferior da barra e nas luvas de Beunardeau, sem ter ultrapassado a linha de golo.

Com muita precipitação à mistura, os forasteiros intensificaram a pressão e dispuseram de oportunidades nos pés de Wilson Eduardo (71 minutos) e Pablo (83) e na cabeça de Galeno (90), insuficientes para beliscar a organização do Desportivo das Aves.
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