Diplomacia reúne-se em Paris para tentar desbloquear situação na Ucrânia

por Lusa
A tensão permanece na linha de contacto perto da cidade de Avdiivka, na região de Donetsk, enquanto se esperam resultados dos encontros diplomáticos Oleksandr Klymenko - Reuters

Representantes políticos dos países do Formato Normandia, que junta Alemanha, França, Rússia e Ucrânia, vão reunir-se esta quarta-feira, em Paris, para tentar desbloquear o processo de paz na região ucraniana de Donbass (leste).

O encontro envolve conselheiros políticos e diplomáticos dos líderes dos quatro países, que têm dialogado sobre o conflito em curso desde 2014 no leste ucraniano entre Kiev e separatistas pró-Moscovo, segundo avançaram, na segunda-feira, fontes da delegação da Rússia à agência de notícias russa TASS.

A reunião na capital francesa decorre num momento de elevada tensão entre a Rússia e o Ocidente sobre uma eventual invasão da Ucrânia, em cuja fronteira Moscovo concentrou milhares de tropas nos últimos meses.

A Alemanha e a França têm dito que querem reanimar o Formato Normandia, que teve lugar pela última vez ao nível de líderes em 2019, igualmente em Paris.

A Ucrânia insiste numa nova cimeira, mas a Rússia defende que Kiev deve negociar com os rebeldes em Lugansk e Donetsk, que têm apoio russo, argumentando que se trata de uma “guerra civil” de que Moscovo não faz parte.

O presidente francês, Emmanuel Macron, confirmou, entretanto, que terá uma conversa telefónica sobre a crise ucraniana com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, na próxima sexta-feira.

Um anúncio feito na terça-feira numa conferência de imprensa conjunta com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim.

Os países ocidentais acusam a Rússia de pretender invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia, em 2014, e de alegadamente patrocinar, desde então, um conflito em Donbass, no leste da Ucrânia.

A Rússia nega quaisquer planos para uma invasão, mas associa uma diminuição da tensão a tratados que garantam que a NATO não se expandirá para países do antigo bloco soviético.
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