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Dois palestinianos mortos na Cisjordânia por militares israelitas

por Lusa

Dois palestinianos, incluindo um adolescente, foram hoje mortos por disparos de forças israelitas em dois incidentes na Cisjordânia ocupada, informou o Ministério da Saúde palestiniano.

Adel Dawud, 14 anos, não resistiu aos ferimentos após ter sido atingido na cabeça ao início da tarde em Qalqilyah, norte da Cisjordânia ocupada, informou o ministério.

Num segundo comunicado, o ministério palestiniano anunciou a morte por balas israelitas de um outro "cidadão" numa localidade perto de Ramallah, sem o identificar no imediato.

O exército israelita referiu por sua vez que, perto de Qalqilyah, os soldados "detetaram um suspeito que lançava cocktails molotov na sua direção", limitando-se a referir que os militares "ripostaram abrindo fogo", indicou a agência noticiosa AFP.

Às sextas-feiras, dia de repouso semanal, decorrem geralmente numerosas concentrações na Cisjordânia, território palestiniano ocupado desde 1967 pelo Estado judaico, em protesto contra a expansão das colónias israelitas, consideradas ilegais pelo direito internacional. Estes protestos degeneram com frequência em confrontos com o exército ocupante.

Por sua vez, e quando se aproximam as eleições legislativas em Israel, o exército tem recebido ordens para multiplicar as operações em toda a Cisjordânia, e que já provocaram pelo menos 60 mortos entre os palestinianos, onde se incluem membros de grupos armados mas também muitos civis, incluindo Shireen Abu Akleh, a jornalista palestiniana-norte-americana da cadeia televisiva Al Jazeera, que em maio se encontrava no campo de refugiados palestinianos de Jenin no decurso de uma nova incursão militar israelita.

O prosseguimento da colonização constitui um dos muitos fatores responsáveis pela débil situação da população palestiniana. Na Cisjordânia, onde vivem cerca de 2,5 milhões de palestinianos, existem 280 colonatos ilegais que abrigam 450.000 habitantes, contra 82.000 em 1990.

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