O Presidente dos EUA, Donald Trump, considerou ser “inconcebível que um advogado grave um cliente”, relativamente ao alegado registo de uma conversa por parte do advogado de Trump sobre pagamentos a uma antiga modelo da Playboy.
“É ainda mais inconcebível que um advogado grave um cliente”, considerou na mesma publicação na rede social.Inconceivable that the government would break into a lawyer’s office (early in the morning) - almost unheard of. Even more inconceivable that a lawyer would tape a client - totally unheard of & perhaps illegal. The good news is that your favorite President did nothing wrong!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 21 July 2018
O diário The New York Times, que divulgou a informação, cita advogados e outras fontes conhecedoras da gravação, apreendida pelo FBI durante uma busca ao escritório de Cohen, no âmbito da investigação pelo seu envolvimento no pagamento a mulheres com o objetivo de silenciar notícias potencialmente prejudiciais para Trump antes das eleições de 2016.
Durante a rusga do mês de abril o FBI confiscou vários documentos que revelavam uma transferência de 130.000 dólares (112.000 euros) do advogado de Trump para a atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels.
No decurso destas buscas, e segundo referiu o The New York Times na ocasião, os agentes federais também detetaram documentos relacionados com duas outras mulheres, uma delas Kareb McDougal, ex-modelo da Playboy que afirmou ter mantido uma relação de um ano com Trump em 2006 e foi hoje identificada como a mulher da gravação.
McDougal considerou ser o momento para vender a sua história e optou por conceder uma entrevista por 150.000 dólares (129.000 euros) ao tabloide National Enquirer, cujo diretor executivo, David J. Pecker, é amigo de Trump e decidiu não publicar qualquer informação.
O advogado pessoal de Trump, Rudolfo Giuliani, confirmou ao NYT que o Presidente fala na gravação – menos de dez minutos – com Cohen sobre o pagamento à mulher, mas frisou que o pagamento acabou por não se concretizar, sendo este documento “uma poderosa prova de desculpabilização”.
“Nada nesta conversa sugere que [Trump] teve qualquer conhecimento prévio sobre isto”, disse Giuliani, para acrescentar que Trump indicou a Cohen que se tivesse que efetuar um pagamento seria em cheque e não em dinheiro corrente.
c/Lusa