Duas mulheres julgadas em outubro pela morte de Kim Jong-nam

por Lusa

As duas mulheres acusadas de matar, a 13 de fevereiro na Malásia, o meio-irmão do líder da Coreia do Norte vão ser julgadas em outubro pelo seu homicídio, anunciou hoje o tribunal.

A indonésia Siti Aisyah e a vietnamita Thi Huong foram acusadas de terem lançado para o rosto de Kim Jong-nam um agente tóxico, VX, uma versão altamente mortal do gás sarin, no aeroporto internacional de Kuala Lumpur, onde o norte-coreano ia apanhar um voo para Macau.

As duas mulheres negam a acusação, pela qual arriscam a pena de morte. Durante a investigação explicaram que foram enganadas e acreditavam que estavam a participar num programa de televisão tipo "Apanhados".

Na sexta-feira, as duas mulheres, algemadas e usando um colete à prova de bala, foram escoltadas até ao Supremo Tribunal em Shah Alam, uma zona próxima do aeroporto, na periferia de Kuala Lumpur.

O julgamento vai começar a 02 de outubro e durará 23 dias, declarou o presidente do tribunal, Azmi Ariffin.

Trinta a quarenta testemunhas vão ser ouvidas ao longo do julgamento, indicou o procurador, Muhammad Iskandar Ahmad.

A Coreia do Sul acusou o Norte de ter orquestrado o homicídio de Kim Jong-nam, um crítico do regime norte-coreano que vivia em exílio, passando parte do seu tempo em Macau. Pyongyang negou sempre as acusações.

As imagens de videovigilância de 13 de fevereiro mostram as duas mulheres a aproximarem-se da vítima por trás, e uma a lançar algo para a sua cara. Kim Jong-nam morreu a caminho do hospital.

Vestígios de VX, um agente neurotóxico, que pode ser considerado como uma arma de destruição massiva, foram encontrados na sua cara.

A polícia malaia procura ainda quatro norte-coreanos suspeitos de terem participado no assassínio, que fugiram a Malásia e regressaram a Pyongyang.

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