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"Efeito-dominó". EUA também querem derrubar governos de Cuba e Nicarágua

por RTP
Mike Pompeo (esq.) e John Bolton (dir.) Leah Millis, Reuters

O secretário de Estado Mike Pompeo admitiu que o objectivo da actual pressão norte-americana contra o Governo de Nicolás Maduro não se confina à Venezuela, e tem também como alvo os governos de Cuba e Nicarágua.

O secretário de Estado de Donald Trump e antigo patrão da CIA falava à cadeia de televisão Telemundo, quando a entrevistadora lhe perguntou se espera da queda do Governo de Maduro um "efeito-dominó", que arraste também outros governos latino-americanos "não-democráticos", como Cuba e Nicarágua, e se desenvolve uma actividade para que isso aconteça.

Embora sem repetir a expressão "efeito-dominó", Pompeo respondeu afirmativamente à pergunta: "Sim, a Administração do presidente Trump tem-no feito e continuará a fazê-lo. Não só a Venezuela, mas também a Nicarágua e Cuba".

Às interrogações da entrevistadora sobre a eventualidade de uma intervenção militar norte-americana, respondeu que todas as hipóteses estão sobre a mesa, embora a Administração Trump prefira processos de derrubamento dos regimes desses países protagonizados pelos respectivos povos.

Segundo disse, "os povos têm de conduzir esses esforços. Estou convencido de que estão decididos a fazê-lo. O povo americano apoiá-los-á".

As perguntas eram praticamente inevitáveis numa entrevista que, como a de Pompeo, ocorria pouco depois de ser lançado um tweet do conselheiro nacional de Segurança, John Bolton, a dizer que o líder nicaraguense Daniel Ortega tem "os dias contados" e que "em breve o povo nicaraguense será livre".
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