Eleições estão a ser preparadas, mas ainda sem apoios da comunidade internacional, diz PM guineense

por Lusa

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, afirmou hoje que as eleições legislativas, previstas para 18 de Novembro, estão a ser preparadas com alguma dificuldade, porque ainda não há apoios da comunidade internacional, parceiro na organização do processo.

"Neste momento, nós demos uma participação financeira que vai ser gerida pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), os outros parceiros da cooperação internacional comprometeram-se, mas até agora não há desembolso da parte internacional, só da nossa parte. Nós contribuímos com um montante de mais ou menos de dois milhões de euros e temos feito reuniões com os doadores e temos discutido de tudo em relação ao processo de organização das eleições", disse Aristides Gomes.

Segundo o primeiro-ministro guineense, que falava durante uma entrevista conjunta à Lusa, RTP e RDP, as eleições estão a ser preparadas como "habitualmente".

Aristides Gomes salientou que "há dificuldades", não só pela ausência de um "desembolso da parte internacional", mas também relacionadas com os dispositivos para a realização do recenseamento biométrico.

"O material que utilizamos em 2014 não está 100% operacional, temos de comprar mais 'kits', dispositivo biométrico para a realização do recenseamento, estamos a trabalhar nestas condições, mas de maneira muito afincada, de manhã, à tarde e à noite, para que possamos respeitar o prazo que foi estabelecido", disse.

O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, marcou as eleições legislativas para 18 de Novembro, mas o recenseamento eleitoral só deverá arrancar a 1 de Julho.

As eleições legislativas estão orçadas em cerca de 7,8 milhões de dólares (cerca de 6,6 milhões de euros).

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