No primeiro discurso de política externa, o primeiro-ministro britânico declarou que a "era de ouro" nas relações entre o Reino Unido e a China chegou ao fim. Para Rishi Sunak, os laços económicos entre os dois países eram "ingénuos" e Pequim tornou-se um "desafio sistémico" aos "valores e interesses" de Londres.
Referindo-se ao caso do jornalista britânico detido num protesto na China, Sunak reconheceu “que a China representa um desafio sistémico” aos “valores e interesses” do Reino Unido. Um desafio que, segundo o chefe de Governo, “se torna mais agudo à medida que avança para um autoritarismo ainda maior”.
"Em vez de ouvir os protestos do seu povo, o Governo chinês optou por reprimir ainda mais, inclusive agredindo um jornalista da BBC. Os meios de comunicação social - e os nossos deputados - devem ser capazes de destacar estas questões sem sanções, incluindo a denúncia de abusos em Xinjiang - e a restrição de liberdades em Hong Kong".
Mas neste que foi o seu primeiro grande discurso de política externa enquanto primeiro-ministro, o governante britânico advertiu contra a "retórica da Guerra Fria", sublinhando que a importância global da China não pode ser ignorada.
“Claro que não podemos simplesmente ignorar a importância da China nos assuntos mundiais, desde a estabilidade económica global a problemas como as alterações climáticas”, disse ainda o primeiro-ministro britânico, que optou pela “diplomacia e diálogo” para gerir as relações com Pequim.
“Pragmatismo robusto” para enfrentar concorrentes
Londres pretende assim adotar “uma visão de longo prazo sobre a China”, fortalecendo a “resiliência e protegendo a segurança económica". Sunak e o presidente chinês, Xi Jinping, tinham encontro marcado pela primeira vez na cimeira do G20, na Indonésia, mas o encontro foi cancelado após a explosão de um míssil na Polónia. Por isso ainda não houve conversações entre os dois líderes.
O governante britânico assumiu ainda vontade de manter as relações com aliados como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e o Japão, para “gerir a competição cada vez maior”. No entanto, Rishi Sunak garantiu que o Reino Unido não escolherá o “status quo” e enfrentará os concorrentes internacionais “não com grande retórica, mas com pragmatismo robusto”.
O primeiro-ministro britânico afirmou, todavia, que no seu mandato o Reino Unido “nunca” vai voltar a alinhar-se com as leis da União Europeia, embora prometa que tentará “revitalizar” as relações com os seus vizinhos europeus.
“Estamos a promover uma evolução das nossas relações pós-Brexit com a Europa, incluindo as relações bilaterais, bem como a participação na nova Comunidade Política Europeia”, fórum idealizado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no qual participam países externos à UE, com Turquia, Ucrânia, Balcãs Ocidentais, Arménia, Azerbaijão e o próprio Reino Unido.
“Mas isso não significa mais alinhamento. Sob a minha liderança, nunca nos alinharemos com a legislação da União Europeia. Em vez disso, vamos promover relações de respeito e maduras com os nossos vizinhos em questões partilhadas como energia e imigração ilegal”, explicou.
Londres pretende assim adotar “uma visão de longo prazo sobre a China”, fortalecendo a “resiliência e protegendo a segurança económica". Sunak e o presidente chinês, Xi Jinping, tinham encontro marcado pela primeira vez na cimeira do G20, na Indonésia, mas o encontro foi cancelado após a explosão de um míssil na Polónia. Por isso ainda não houve conversações entre os dois líderes.
O governante britânico assumiu ainda vontade de manter as relações com aliados como os Estados Unidos, o Canadá, a Austrália e o Japão, para “gerir a competição cada vez maior”. No entanto, Rishi Sunak garantiu que o Reino Unido não escolherá o “status quo” e enfrentará os concorrentes internacionais “não com grande retórica, mas com pragmatismo robusto”.
O primeiro-ministro britânico afirmou, todavia, que no seu mandato o Reino Unido “nunca” vai voltar a alinhar-se com as leis da União Europeia, embora prometa que tentará “revitalizar” as relações com os seus vizinhos europeus.
“Estamos a promover uma evolução das nossas relações pós-Brexit com a Europa, incluindo as relações bilaterais, bem como a participação na nova Comunidade Política Europeia”, fórum idealizado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, no qual participam países externos à UE, com Turquia, Ucrânia, Balcãs Ocidentais, Arménia, Azerbaijão e o próprio Reino Unido.
“Mas isso não significa mais alinhamento. Sob a minha liderança, nunca nos alinharemos com a legislação da União Europeia. Em vez disso, vamos promover relações de respeito e maduras com os nossos vizinhos em questões partilhadas como energia e imigração ilegal”, explicou.