Estados Unidos negam ter visado mesquita em bombardeamento contra Al-Qaida

por Lusa

Washington, 17 mar (Lusa) - As forças armadas norte-americanas reconheceram hoje terem efetuado um ataque no norte da Síria, contra a rede terrorista Al-Qaida, mas negaram ter visado deliberadamente uma mesquita, onde morreram pelo menos 42 pessoas.

O balanço do ataque foi dado pela organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Não foi visada uma mesquita, mas o edifício que alvejámos, onde se realizava uma concentração (da Al-Qaida), encontra-se a cerca de 15 metros de uma mesquita, que continua de pé", afirmou na quinta-feira à noite o coronel John J. Thomas, porta-voz do Centcom, comando das forças armadas norte-americanas no Médio Oriente.

Thomas acrescentou que será aberto "um inquérito às acusações de acordo com as quais este ataque terá causado vítimas civis".

De acordo com um comunicado prévio do Centcom, "as forças norte-americanas efetuaram um ataque aéreo contra uma concentração de Al-Qaida na Síria, a 16 de março, na província de Idlib, matando vários terroristas".

O porta-voz do Centcom declarou que a localização precisa do ataque não era clara, mas que na mesma ação foi atingida a mesquita da aldeia de Al-Jineh, na província vizinha de Alepo.

O OSDH afirmou que pelo menos 42 pessoas, na maioria civis, morreram e uma centena ficou ferida nos bombardeamentos norte-americanos que atingiram a mesquita da localidade sob controle de grupos rebeldes.

Em imagens difundidas por militantes anti-regime e identificadas como as do ataque norte-americano, o edifício da mesquita parece estar completamente destruído.

"Os ataques de aviões não identificados visaram uma mesquita na província de Alepo à hora da oração, matando 42 pessoas, na maioria civis", referiu o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

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