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Estivadores espanhóis chegam a acordo com patronato e desconvocam greve

por Lusa

Sindicatos e patronato dos estivadores chegaram hoje a um acordo que põe fim ao conflito laboral dos 6.500 trabalhadores dos portos espanhóis, que protestavam contra a liberalização do setor imposta pela Comissão Europeia.

As duas partes assinaram um compromisso que garante a manutenção de direitos dos trabalhadores portuários no caso de mudança de entidade patronal.

O acordo põe fim a um conflito que se arrastava há vários meses e implica ainda a desconvocação de cinco dias de greve que começava sexta-feira e se prolongava pela próxima semana.

O parlamento espanhol aprovou em maio último o real decreto-lei proposto pelo Governo que liberaliza o trabalho dos estivadores que, na altura, marcaram a sua oposição ao projeto e convocaram uma greve.

A legislação aprovada na altura previa que patronato e trabalhadores deviam ainda chegar a um acordo coletivo que regulamente os casos em que um estivador que mude de empregador possa manter as mesmas condições laborais (salário, categoria e antiguidade) do contrato inicial.

O Governo espanhol estima que a economia do país perdeu 12 milhões de euros por cada dia de greve parcial e 55 milhões por cada dia completo de paragem do trabalho, e receava o desvio permanente para portos estrangeiros de alguns navios.

A alteração da lei espanhola foi imposta pelo Tribunal de Justiça da União Europeia que defendia a liberalização do setor para que os operadores estrangeiros se possam instalar livremente nos portos do país e contratar os trabalhadores que quiserem.

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