Estrasburgo. Número de vítimas mortais sobe para quatro

por RTP
O atentado em Estrasburgo foi o mais recente de uma série de ataques, desde 2012, ligados ao terrorismo de matriz islamita em França Christian Hartmann - Reuters

As autoridades francesas confirmaram esta sexta-feira a morte de uma das pessoas hospitalizadas após o atentado no mercado de Natal de Estrasburgo. O número de vítimas mortais do tiroteio ascende assim a quatro.

Duas pessoas morreram na noite de terça-feira, durante o ataque. Uma terceira vítima morreu na quinta-feira.

Ao início da tarde, o gabinete do procurador de Paris confirmou que uma pessoa em estado crítico desde o ataque falceu. "Estava a lutar pela vida", disse fonte do gabinete do procurador.Uma quinta vítima continua em morte cerebral e mais três pessoas encontram-se em estado grave.

O atirador, Cherif Chekatt, foi morto na noite de quinta-feira, depois de disparar contra a polícia, e uma perseguição de dois dias que envolveu mais de 700 elementos das forças de segurança.

O Estado Islâmico veio reivindicar a autoria moral do ataque, dizendo que Chekatt era um dos seus "soldados". Chekatt "perpetrou a operação na sequência de um apelo aos cidadãos dos Estados da coligação", refere a organização terrorista sem mostrar provas da afirmação.

No entanto, o ministro francês do Interior já veio classificar a reivindicação do Estado Islâmico de "totalmente oportunista".

"Nada indica que [Chekatt] pertença a uma rede. Nada sugere que ele tenha sido protegido de tal organização, mas a investigação ainda não terminou", afirmou o ministro à rádio Europe 1.

A polícia de Estrasburgo tinha anunciado esta sexta-feira a detenção de mais dois suspeitos no envolvimento no ataque. Ao todo, são sete os detidos, incluindo os pais e dois irmãos, das autoridades, que tentam averiguar se Chekatt tinha cúmplices.

O ministro Christophe Castaner descreveu Chekatt como um delinquente cujas crenças islâmicas foram radicalizadas durante períodos que passou na prisão.

O Presidente da República Emmanuel Macron deslocou-se entretanto a Estrasburgo para visitar o local dos atentados.
Quase dois mil soldados nas ruas
A França aumentou o nível de segurança após o ataque da noite de terça-feira.

O primeiro-ministro Edouard Philippe mobilizou 1.800 soldados para patrulhar principalmente os mercados de Natal.

Organizado desde o século XV, o mercado de Natal de Estrasburgo, montado em torno de uma grande árvore da na Praça Kleber, recebe mais de dois milhões de visitantes por ano.

O atentado em Estrasburgo foi o mais recente de uma série de ataques, desde 2012, ligados ao terrorismo de matriz islamita em França.

Mais de 240 pessoas morreram em ataques perpetrados em território francês desde janeiro de 2015.
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