A Huawei Tecnohologies foi acusada, na quinta-feira, pelo Governo dos Estados Unidos da América de roubar segredos comerciais e de ajudar o Irão a investigar manifestantes. Foram 16 as acusações que levaram a intensificar a batalha dos EUA com a maior fabricante de telecomunicações.
Os EUA anunciaram que estão a fazer uma campanha contra a empresa e que a colocaram na lista negra comercial em 2019.
Já a Huawei em comunicado à Reuters afirmou que “a acusação é parte de uma tentativa para prejudicar a reputação e os negócios por razões relacionadas com a concorrência, e não com a aplicação da lei”.
Geng Shuang, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, quando questionado sobre as acusações durante uma reunião em Pequim, pediu aos Estados Unidos que parassem imediatamente de acusar empresas chinesas sem motivo.
“Tais atos prejudicam seriamente a credibilidade e a imagem dos Estados Unidos”, afirmou o porta-voz.
A Huawei foi também acusada de contratar funcionários de outras empresas, de fazer esforços para conseguir propriedade intelectual dessas empresas e de usar profissionais de instituições de pesquisa para obter tecnologia.
"A acusação representa um retrato condenatório de uma organização que não respeita a lei", disse o senador americano do Estado da Carolina do Norte, em comunicado à Reuters.
Apesar disso, na quinta-feira, surgiram notícias positivas para a empresa. O Departamento de Comércio dos EUA anunciou que iria estender uma licença geral temporária de 45 dias, que vai permitir que empresas americanas continuem a negociar com a Huawei.
É de relembrar que os EUA, com a presidência de Donald Trump, têm vindo a trocar acusações com a China, restringindo a operação de fabricantes chineses no país nos últimos anos. O presidente norte-americano tenta negociar novos termos para o comércio com o gigante asiático, num movimento que é considerado uma verdadeira “guerra comercial”.
O Governo Trump insiste, no entanto, em acusar a fabricante de telecomunicações de violações à segurança, às regras locais de mercado e de espionagem para o Governo chinês.