EUA oferecem 4,5 ME para encontrar superintendente de criptomoedas

por Lusa
DR

Os EUA ofereceram uma recompensa de cinco milhões de dólares (4,5 milhões de euros) a quem forneça informações que levem à detenção do superintendente venezuelano de criptomoedas, Joselit de la Trinidad Ramírez Camacho.

"Hoje os EUA anunciaram uma recompensa por informação para levar perante a Justiça um funcionário do regime de (Nicolás) Maduro responsável pela criminalidade organizada transnacional internacional", anunciou o secretário de Estado norte-americano na sua conta na rede social Twitter.

Mike Pompeo explicou ainda que o Governo norte-americano "continuará a trabalhar com o Departamento de Justiça (dos EUA) para proteger os cidadãos norte-americanos e ajudar os venezuelanos a restaurar a sua democracia".

Segundo a imprensa venezuelana Joselit de la Trinidad Ramírez Camacho assumiu as funções de presidente da Superintendência de Criptoativos e Atividades Conexas (Sunacrip) da Venezuela, a 19 de junho de 2018.

Antes disso, foi secretário do ministério de Indústrias e Produção Nacional, diretor da Vice-presidência da República e presidente da Federação Venezuelana de Criminólogos.

Joselit de la Trinidad Ramírez Camacho aparecia hoje no `site` dos mais procurados pelos EUA.

A 26 de março de 2020 o Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou 13 membros do Governo venezuelano de narcoterrorismo e ofereceu uma recompensa de 15 milhões de dólares (13,5 milhões de euros) por informações que levem à detenção do Presidente, Nicolás Maduro.

Segundo os EUA, os acusados conspiravam com rebeldes colombianos para alegadamente "inundar os Estados Unidos de cocaína".

Os EUA ofereceram também recompensas de até 10 milhões de dólares (nove milhões de euros) por informações que levem à detenção do presidente da Assembleia Constitunte, Diosdado Cabello, do ministro do Petróleo, Tarek El Aissami, e do ex-diretor dos serviços secretos, Hugo Carvajal Barrios, que já se entregou às autoridades norte-americanas.

As recompensas incluem ainda o presidente do Tribunal Supremo de Justiça, Maikel Moreno, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, e o empresário Smark López Bello.

Segundo Maduro as acusações de narcoterrorismo feitas pelos EUA, contra o seu Governo, foram "uma ação extremista" e por isso pediu aos militares que estejam alerta contra possíveis ataques.

"O Governo de Donald Trump, numa ação extrema, vulgar e miserável, lançou falsas acusações", declarou Nicolás Maduro.

Segundo o Presidente venezuelano, os governantes norte-americanos são "`cowboys` racistas que põem preços às cabeças de alguns funcionários, que estão na disposição de combatê-los em todos os terrenos". 

"Temos a nossa moral intacta, a Venezuela tem o recorde de luta contra o narcotráfico nos últimos 15 anos, desde que expulsámos a DEA [agência norte-americana de combate ao tráfico de droga] daqui ", disse durante uma intervenção no palácio presidencial de Miraflores em Caracas, transmitida pela televisão estatal venezuelana.

Tópicos
pub