EUA prometem lutar contra ataques "abomináveis" da Rússia

por Lusa
Jonathan Ernst - Reuters

Os Estados Unidos da América estão a trabalhar com os seus aliados para evitar que ocorra novo "ataque abominável" como o do envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal e da sua filha Yulia no Reino Unido.

Num comunicado divulgado na quarta-feira, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders, refere que o Governo norte-americano trabalha com os seus aliados e parceiros "para garantir que este tipo de ataque abominável não volte a suceder".

"Apoiamos a decisão do Reino Unido de expulsar os diplomatas russos como uma resposta justa" ao ataque, adianta Sarah Huckabee Sanders, citada pela agência EFE.

Segundo o comunicado, "esta última ação da Rússia inscreve-se num padrão de comportamento" no qual "a Rússia ignora a ordem internacional baseada em normas, destrói a soberania e a segurança de países de todo o mundo e pretende subverter e desacreditar as instituições e os processos democráticos ocidentais".

O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, 66 anos, e a filha Yulia, 33, foram encontrados inconscientes no dia 04 de março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra, e estão hospitalizados em "estado crítico, mas estável".

Dias depois, o chefe da polícia antiterrorista britânica, Mark Rowley, revelou que Skripal e a filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente neurotóxico, um componente químico que ataca o sistema nervoso e que pode ser fatal.

Na segunda-feira, numa intervenção no Parlamento, Theresa May considerou "muito provável" que a Rússia tivesse sido responsável pelo duplo envenenamento.

Dois dias depois, May anunciou a "suspensão de contactos bilaterais" com Moscovo e a expulsão de 23 diplomatas russos, decisão que a embaixada russa em Londres classificou como "hostil", "inaceitável" e "injustificada".

A Rússia nega qualquer a responsabilidade no ataque, que já mereceu a condenação de vários governos, incluindo o de Portugal, e de dirigentes como os presidentes norte-americano, Donald Trump, e francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

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