O ex-presidente da estatal Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi novamente sentenciado a seis anos e oito meses de prisão por corrupção, após a anulação da anterior condenação em agosto.
Bendine já tinha sido condenado no mesmo processo em 2018, pelo então juiz e agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro, a 11 anos de prisão pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, por alegadamente ter recebido três milhões de reais (480 mil euros) em subornos da construtora Odebrecht.
A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região que, no entanto, reduziu a pena de Bendine para sete anos de prisão.
Agora, além da pena de prisão, Bendine foi condenado ainda a 170 dias de multa, sendo fixado o valor diário de cinco salários mínimos brasileiros da época do delito, segundo a imprensa local.
Ao comentar a decisão, o advogado de Bendine, Alberto Zacharias Toron, afirmou que "a nova sentença, inegavelmente, representa um avanço em relação à anterior".
"A pena é expressivamente menor. A condenação está atrelada a uma única prática de corrupção. Quanto a esta condenação, vamos recorrer com vistas a alcançar a absolvição", acrescentou.
Lançada em 2014, a operação Lava Jato trouxe a público um gigantesco esquema de corrupção de empresas públicas, como a Petrobras, implicando dezenas de altos responsáveis políticos e económicos, e levando à prisão de muitos deles, como o antigo Presidente brasileiro Luíz Inácio Lula da Silva, que se encontra atualmente em liberdade condicional.