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Extrema-direita alemã celebra resultado nas eleições da Baviera

por Lusa
Wolfgang Rattay - Reuters

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AFD) conseguiu hoje lugares no Parlamento da Baviera, o penúltimo onde ainda não tinha representação, na sequência das eleições regionais de domingo.

Com 10,2% dos votos, o resultado do Alternativa para a Alemanha - um partido que fez campanha com ideias anti-imigração e assumindo posições eurocéticas - faz sobressair o desaire dos aliados de Angela Merkel, a União Social-Cristã (CSU), que perdeu a maioria no Parlamento da Baviera, embora tenha vencido as eleições regionais, no domingo.

Numa conferência de imprensa em Berlim, o copresidente da AFD, Jorg Meuthen, afirmou que "prossegue a marcha triunfal do seu partido", referindo-se à votação do partido como "um resultado maravilhoso".

"Somos os verdadeiros vencedores das eleições, porque passamos de 0% para 10%", acrescentou Jorg Meuthen, assinalando com satisfação que os seus rivais se referiram a este crescimento como uma "derrota" deles.

Meuthen falou mesmo de "uma espécie de nova era", em que os grandes partidos estão em "declínio".

Por outro lado, o vice-presidente da AFD na Baviera, Katrin Ebner-Steiner, afirmou que o partido alcançou três objetivos: entrar no Parlamento da Baviera; um resultado de dois dígitos; e retirar a maioria absoluta à CSU e atirar o SPD para os 10%.

Também os Verdes alemães se regozijaram com o resultado nas eleições regionais na Baviera, com o copresidente do partido, Robert Habeck, a descrever como "histórico" o sucesso do seu partido, que obteve 17,5% dos votos e ficou em segundo lugar.

Para o líder dos Verdes, este resultado deve ser visto como um apelo a uma mudança na região, bem como na maneira de fazer política na Alemanha.

"Foi uma noite histórica para a Baviera e também para a dinâmica política na Alemanha", disse Habeck, numa conferência de imprensa em Berlim.

Habeck interpretou que os Verdes conseguiram captar votos tanto junto dos conservadores da União Social-Cristã quanto do Partido Social Democrata (SPD), liderado por Andrea Nahles, e do grupo de abstencionistas, o que mostra que o partido atinge vários setores da sociedade.

As eleições na Baviera foram ganhas pela CSU, com 36,8% (longe dos 46,5% das eleições em 2013), seguida pelos Verdes, com 17,5%, e por uma coligação de candidatos independentes, a Eleitores Livres, com 11,9%.

No quarto ligar ficou o partido extremista AFD, com 10,2%, resultado superior ao do SPD, de Andrea Nahles, que se ficou pelos 10,1%.

 

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