Extrema-direita alemã espiava a polícia para lançar vaga de atentados

por RTP
Reuters

Uma série de buscas levadas a cabo pela polícia alemã contra uma rede neonazi permitiu apreender um arsenal com armamento diverso e também duas dezenas de telemóveis e vários computadores. Aí se descobriu que a rede preparava uma série de atentados e também tinha a polícia debaixo de observação, visando neutralizá-la.

O grupo autointitulado Freie Kräfte Prignitz (Forças Livres de Prignitz) tinha levado a cabo um sistemático trabalho de inteligência e espionagem contra a polícia de Potsdam, nos arredores de Berlim. Segundo informação divulgada pela polícia judiciária do Land Brandenburgo, a rede neonazi tinha feito listagens dos agentes da polícia, das suas famílias, dos seus locais de trabalho e funções e tinha identificado as viaturas de serviço descaracterizadas que os agentes usam habitualmente.

A polícia não considera que as informações recolhidas servissem a preparação de atentados contra os agentes, e sim a elaboração de estratégias para impedir que estes interviessem.

Os atentados que os neonazis tinha na forja apontavam a outros alvos, nomeadamente uma mesquita na cidade de Wittenberg, em Prignitz, que era suposto ser incendiada por cocktails Molotov lançados por um comando de seis homens. Estavam também planeados atentados contra lojas de comerciantes com origem estrangeira.

As buscas levadas a cabo na semana passada envolveram seis locais de concentração neonazis, nas regiões de Brandenburg, Sachsen-Anhalt e Mecklenburg-Vorpommern. Aí foram apreendidas armas de fogo, munições de alarme e munições reais, armas brancas, símbolos e propaganda neonazi.
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