ExxonMobil doa 18 toneladas de alimentos para deslocados

por Lusa

A petrolífera norte-americana ExxonMobil doou 18 toneladas de produtos alimentares e de higiene, avaliados em 75 mil dólares (65 mil euros) a deslocados devido à violência armada em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, anunciou hoje a empresa.

 O apoio em `kits` contendo, entre outros, óleo, arroz, sardinha, chá, açúcar e produtos de higiene deverá beneficiar cerca de 1.200 deslocados dos distritos de Palma e Pemba.

"Segurança alimentar, saúde pessoal e restauração de meios de subsistência são as preocupações principais que afligem a comunidade dos deslocados internos e nós vamos continuar a colaborar com as autoridades locais bem como com os nossos parceiros para apoiar as famílias afetadas", disse o diretor geral da ExxonMobil Moçambique, Jos Evens, citado num comunicado hoje divulgado.

As 18 toneladas de produtos foram entregues ao Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), que considera que os donativos "são cruciais para a resposta humanitária do Governo aos deslocados".

A ExxonMobil lidera, com a italiana Eni, o consórcio que vai explorar gás natural na Área 4 da bacia do Rovuma, ao largo da costa de Cabo Delgado.

A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma `joint venture` em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.

A portuguesa Galp, a Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm participações de 10%.

Grupos armados aterrorizam a província de Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 824 mil deslocados, segundo atualizações feitas pelas autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio internacional permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

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