A farmacêutica francesa Sanofi é a mais recente empresa do sector a armazenar fármacos devido à incerteza em torno da saída do Reino Unido da União Europeia.
Também as farmacêuticas AstraZeneca e a MSD (conhecida como Marck & Co nos EUA) anunciaram planos de armazenamento de fármacos.
“A incerteza nas negociações do Brexit significa que a Sanofi está a planear um cenário de não concordo. A segurança do doente é a nossa principal prioridade e fazemos acordos para aumentar a capacidade de armazenamento para guardarmos mais produtos”, disse Hugo Fry, diretor administrativo da operação da Sanofi no Reino Unido.
O cenário de ausência de acordo com a União Europeia sobre as modalidades do Brexit está a forçar os fabricantes de medicamentos a prepararem-se para regras diferentes de acesso ao mercado britânico.
De acordo com a Federação Europeia das Indústrias e Associações, todos os meses cerca de 45 milhões de medicamentos vão para o Reino Unido.
A fábrica anglo-sueca AstraZeneca aumentou o stock para 20 por cento, em depósitos no Reino Unido e em portos da UE.
Pascal Siriot, diretor executivo da empresa, disse na semana passada que estava preocupado com o aumento de stock: “Nós nem sabemos como é que os remédios vão passar as fronteiras”.
O grupo farmacêutico norte-americano MSD também tem planos para aumentar o stock de medicamentos até seis meses, ainda segundo o Guardian.
Mike Rawlins, presidente da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde, alertou que a insulina importada pelo Reino Unido tem de ser controlada por temperatura.
Além do fabrico de medicamentos para a asma, a GlaxoSmithKline – maior empresa farmacêutica da Grã-Bretanha - faz medicamentos para o HIV e vacinas. A empresa disse que forneceria fármacos em caso de interrupção.
Um porta-voz da GSK – farmacêutica multinacional britânica – disse “garantir que os pacientes tenham acesso aos medicamentos e vacinas de que necessitam é uma prioridade da GSK. É por isso que continuamos a implementar planos de contingência para minimizar a interrupção do fornecimento desses produtos”.
A GSK começou a implementar planos de contingência em janeiro.