As forças do Governo iraquiano entraram esta segunda-feira em Kirkuk, três semanas depois do referendo sobre a independência do Curdistão, que Bagdade considera inconstitucional.
Apesar de a cidade estar fora dos limites do Curdistão iraquiano, os residentes curdos votaram no referendo sobre a independência realizado no passado dia 25 de setembro, nas regiões do Curdistão iraquiano e nos territórios disputados.
Após a consulta popular, em que mais de 90 por cento dos eleitores curdos votaram a favor da autodeterminação, os líderes curdos asseguraram que o resultado não implicaria uma declaração imediata de independência.
O Governo de Bagdade considerou ilegal a consulta popular e desde quarta-feira que se antevia que as forças do regime iriam ocupar a cidade, apoiadas pelas milícias xiitas e pela polícia federal.
Várias testemunhas disseram à BBC que as forças federais ocuparam o edifício do Governo da província.
O Governo federal do Iraque já afirmou que todo o petróleo do norte do território iraquiano, incluindo o da região autónoma do Curdistão e os poços petrolíferos de Kirkuk, faz parte dos recursos nacionais do país e, como tal, "tem legitimidade e pleno direito" de explorá-los.
Funcionários da Administração dos Estados Unidos disseram que estão “empenhados com todas as partes do Iraque” de forma a reduzir a tensão.