França pede acesso livre seguro para missão da OSCE no leste da Ucrânia

por Lusa

A França pediu hoje a todas as partes envolvidas no conflito no leste da Ucrânia, "particularmente aos separatistas", para garantirem o acesso livre e seguro da missão da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

Um observador da OSCE morreu e outro ficou ferido hoje na explosão de uma mina à passagem de uma patrulha da missão no leste da Ucrânia, controlado pelos rebeldes.

A patrulha viajava de automóvel na província de Lugansk, quando a explosão ocorreu junto à localidade de Prishib, perto da linha de separação entre as forças ucranianas e os rebeldes pró-russos, disse a polícia de Lugansk à imprensa local.

Eduard Basurin, subcomandante das milícias rebeldes, declarou a meios de comunicação social russos que "a caravana saiu da rota habitual e deslocava-se por vias secundárias, o que está proibido no mandato da missão de observação da OSCE".

A "gravidade" do sucedido "demonstra uma vez mais até que ponto a situação no leste da Ucrânia continua instável", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, num comunicado.

A França condenou "com firmeza qualquer obstáculo ao bom desenvolvimento da missão da OSCE" e apresentou condolências às famílias das vítimas, à organização e a todos os seus funcionários.

Ayrault defendeu a responsabilização dos autores do crime, sublinhando que o cumprimento dos acordos de Minsk de fevereiro de 2015 é "a única via para uma resolução do conflito".

Embora os Acordos de Paz de Minsk de fevereiro de 2015 tenham acabado com a guerra entre o exército ucraniano e as milícias rebeldes, as escaramuças são constantes, assim como as baixas de ambos os lados.

O conflito no leste da Ucrânia matou mais de 9.800 pessoas desde abril de 2014.

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