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França reafirma apoio à República Centro-Africana em visita da ministra da Defesa

por Lusa

Paris, 10 dez (Lusa) - A ministra da Defesa francesa, Florence Parly, vai reafirmar hoje e na terça-feira, em Bangui, o apoio de França à República Centro-Africana (RCA), país onde a Rússia tem intensificado a presença.

"O objetivo da visita é reafirmar o apoio da França a este país, que é um parceiro de longa data", lê-se numa nota divulgada pelo gabinete do ministério da Defesa francês, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).

Na capital, Bangui, Florence Parly vai encontrar-se com o Presidente Faustin-Archange Touadéra, a homóloga Marie-Noëlle Koyara e o enviado especial da ONU para a RCA, Parfait Onanga-Anyanga.

Durante a visita, Parly vai entregar 1.400 armas e outros equipamentos às Forças Armadas da África Central (FACA), para a qual obteve uma isenção da ONU, à semelhança da Rússia, meses antes.

De acordo com a AFP, a ministra também vai também reafirmar o compromisso de França com a iniciativa de paz conduzida pela União Africana naquele país.

"Todas as outras iniciativas que são iniciativas oportunistas e muitas vezes interessadas não me parecem contribuir para uma resolução positiva da situação de segurança neste país", disse a governante em novembro, numa alusão à presença russa na região.

Florence Parly falava no Fórum de Dakar sobre Paz e Segurança em África.

Nos últimos meses, a Rússia investiu em numerosos projetos nesta ex-colónia francesa, como a formação das Forças Armadas e a relação com as milícias, mesmo com o risco de perturbar processos em curso.

No domingo, o ministro da Defesa Nacional português, João Gomes Cravinho, defendeu que Portugal "tem ainda um papel imprescindível a desempenhar" na RCA na estabilização do país e anunciou que vai propor o prolongamento das duas missões.

"Na segunda-feira [hoje] será discutido no Conselho Superior de Defesa Nacional a colocação das nossas Forças Nacionais Destacadas em 2019: a proposta que vamos fazer vai no sentido da manutenção desta missão. Naturalmente que não me posso antecipar às conclusões, mas acreditamos que temos um papel imprescindível ainda a desempenhar aqui na RCA", afirmou João Gomes Cravinho em declarações à Lusa, em Bangui, na capital daquele país.

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