Futura primeira-ministra de Itália. Meloni promete a Zelensky "apoio leal"

por RTP
Claudio Peri - EPA

A líder do partido Irmãos de Itália, que venceu as legislativas italianas do passado domingo e se prepara para assumir o cargo de primeira-ministra, assegurou ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que pode contar com o "apoio leal" do novo governo do país. Giorgia Meloni tem sido, todavia, uma voz isolada na aliança com a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Silvio Berlusconi.

"Pode contar com o nosso apoio leal à causa da liberdade do povo ucraniano. Permaneça forte e mantenha a fé!", escreveu Giorgia Meloni no Twitter - uma mensagem destinada ao presidente da Ucrânia.


A mensagem da líder do partido vencedor das legislativas italianas seguiu-se a um tweet de Zelensky, no qual o presidente ucraniano deu os parabéns à candidata e ao FdI.

"Agradecemos o apoio contínuo de Itália à Ucrânia contra a agressão russa. Contamos com uma colaboração frutífera com o novo Governo italiano"
, escreveu o chefe de Estado ucraniano em duas mensagens: em ucraniano e italiano.

O até agora primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, declarou, desde o início da guerra, o apoio do país transalpino ao esforço de defesa da Ucrânia. A própria Giorgia Meloni havia já reprovado a invasão russa. Ao contrário dos parceiros de coligação, a Liga e o Força Itália.

Nos últimos anos, o rosto da Liga, Matteo Salvini, não escondeu a sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin. E na sequência da invasão da Ucrânia, manifestou dúvidas sobre a eficácia das sanções à Rússia.

Recorde-se que, em 2019, o Ministério Público de Milão abriu um inquérito a envolver Gianluca Savoini, antigo porta-voz de Salvini, que teria negociado num hotel de Moscovo a obtenção de fundos através da venda de petróleo. Estas verbas teriam como destino a Liga. Salvini alegou que o porta-voz atuou por conta própria.

Por sua vez, no passado dia 22 de setembro, o antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi sustentou que Vladimir Putin foi empurrado para a guerra pelos separatistas pró-russos do Donbass, pela comunicação social e pelo próprio povo da Rússia.

c/ agências

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