A Google está a ganhar dinheiro ao desviar os consumidores britânicos para sites de venda de armas ilegais, como é o caso dos tasers e de gás pimenta. O acesso às páginas é fornecido pelos anúncios aos objetos que aparecem durante uma pesquisa no motor de busca.
Ao que a Sky News apurou, a maioria dos anúncios em causa, publicados no motor de busca, está vinculada a produtos que se encontram na plataforma eBay.
Um porta-voz da empresa assegurou que “esses itens foram banidos da plataforma, de acordo com a nossa política de armas. Removemos os itens e estamos a tomar medidas contra os vendedores”.
O mesmo porta-voz acrescentou: “Não toleramos produtos ilegais ou inseguros nos nossos mercados, sendo por isso necessário que todos os vendedores cumpram a lei”.
O Ministério do Interior do Reino Unido classificou a venda de armas online como “perigosa e ilegal”, salientando que a redução de conteúdos ilegais das plataformas deve ser feita através do uso de “processos robustos”.
Face ao sucedido, a Google salientou que, “embora desejemos que o Google Shopping ajude a conectar pessoas com anunciantes e produtos, temos políticas que determinam quais os anúncios que podemos fazer e quais não são permitidos. Além disso, exigimos que todos os anunciantes cumpram a lei local”.
O motor de busca possuiu um mecanismo de avaliação algorítmica e humano para controlar se as listas dos produtos contém armas ou outros engenhos ilegais.
Tendência de crescimento no Reino Unido
Desde 2013, a agência Border Force já aprendeu milhares de armas de fogo importadas de forma ilegal para o Reino Unido.
Os números divulgados pela agência referem que a tendência é de crescimento. Em 2018 as importações atingiram um recorde de mais de duas mil armas.
As estatísticas criminais, que registam o uso de armas, também verificam uma tendência de aumento.