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Governo do Brasil recusa entregar dossier sobre monitorização de grupos antifascistas

por Lusa
O Ministro da Justiça brasileiro recusa responder sobre um dossier com a monitorização de grupos antifascistas | Ueslei Marcelino - Reuters

O Ministério da Justiça brasileiro recusou entregar ao Ministério Público (MP) a cópia de um dossier com a monitorização de grupos antifascistas, que contém dados de 579 opositores do atual governo, noticiou a imprensa local.

Em causa está uma ação preliminar instaurada pelo MP brasileiro sobre a monitorização de 579 funcionários da área de segurança pública e de professores que integram movimentos ou defendem ações contra o fascismo, e que terá sido realizada pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça.

De acordo com o jornal O Globo, a tutela da Justiça recusou entregar uma cópia do documento ao MP, indicou que o assunto é agora responsabilidade direta do ministro da Justiça, André Mendonça, razão pela qual só aceitará ser inquirido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O objetivo do MP é verificar a eventual "existência de elementos que indiquem uma atuação estatal de eventual cerceamento ou limitação da livre expressão do pensamento de cidadãos e profissionais.

Após a existência do relatório ter sido avançada pelo portal Uol no mês passado, o ministro da Justiça brasileiro demitiu o diretor de Inteligência da Seopi, o coronel Gilson Libório de Oliveira Mendes, e determinou que fossem apuradas as circunstâncias da elaboração do dossier.

Segundo a pasta da Justiça, a Seopi produz relatórios de informações para que as autoridades públicas possam "prevenir situações de risco para a segurança pública".

Em comunicado, o Ministério da Justiça indicou que a Secretaria tem a função de "obter e analisar dados para a produção de conhecimento de inteligência em segurança pública e compartilhar informações com os demais órgãos componentes do Sistema Brasileiro de Inteligência".

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