Uma greve geral, hoje, em França, contra as novas medidas sobre as pensões de reforma, ameaça paralisar vários setores do pais. Determinados a forçar Macron a abandonar os planos, trabalhadores dos transportes ferroviários e aéreos, professores, pessoal hospitalar entre outros estão hoje em greve.
A rede de transportes em Paris e outras cidades francesas estão ser fortemente afetadas por esta greve.
Esta manhã, Paris era "uma capital diferente", contava a correspondente da RTP em França. "Parece um domingo, uma vez que 90 por cento dos comboios estão parados, tal como 80 por cento dos autocarros".
Também o metropolitano está a sentir os efeitos da greve.
A paralisação sente-se ainda nos aeroportos, e terá efeito, igualmente, nos condutores de camiões, recolha do lixo e até mesmo na polícia.
Com o argumento de que quer tornar a economia francesa mais competitiva, Emmanuel Macron pretende avançar com uma série de cortes nos gastos públicos. Em particular, pretende simplificar o sistema de pensões.
Macron argumenta que o atual sistema é injusto e muito dispendioso. A reforma proposta por Macron pretende substituir os 42 regimes de pensões que existem atualmente por um sistema por pontos e põe fim a direitos laborais, nomeadamente, aos profissionais da SNCF e da rede metropolitana de Paris.
Em todo o país estão convocadas 245 manifestações.
O principal protesto está marcado para as 14:00 (13:00 em Lisboa) em Paris.
Prevendo confrontos com "grupos violentos", as autoridades mobilizaram milhares de polícias.
Os donos de estabelecimentos comerciais foram aconselhados a fecharem e taparem as montras, em particular na zona onde se vai realizar a manifestação.