Guiné Equatorial. PR são-tomense manifesta "profunda consternação e sentida comoção"

por Lusa

O Presidente são-tomense manifestou hoje "profunda consternação e sentida comoção" pela "triste notícia" de "dezenas de mortes e centenas de feridos", na sequência da explosão num paiol militar na Guiné Equatorial, "mergulhando o país na dor e luto".

Numa mensagem de condolências enviada ao seu homólogo da Guiné Equatorial, Evaristo Carvalho lamentou a "hora tão difícil" que o país vizinho atravessa e expressou, em seu nome pessoal e do povo são-tomense, "profundo pesar e solidariedade", a Teodoro Obiang Nguema Mbasogo.

Ainda na mensagem, o chefe de Estado "roga" ao seu homólogo para transmitir ao povo, governo equato-guineense e famílias enlutadas "os sentimentos de pesar" dos são-tomenses.

Evaristo Carvalho disse acreditar que as autoridades do país saberão "ultrapassar estas horas difíceis de dor e reerguer-se com vista a prossecução da luta contra a pandemia da Covid-19 que assola o mundo, permitindo assim dar continuidade ao processo de desenvolvimento, rumo ao bem-estar do povo da Guiné Equatorial".

Várias explosões nos paióis de um quartel militar, localizado numa zona residencial da cidade de Bata, no domingo, causaram a morte a pelo menos 31 pessoas e outras 500 a 600 ficaram feridas, segundo os dados oficiais mais recentes sobre a catástrofe, classificada como acidental pelo chefe de Estado, Teodoro Obiang.

O Presidente, que governa este país da África Central há quase 42 anos, acusou agricultores das redondezas de terem permitido a propagação para o quartel de queimadas mal controladas, considerando que os soldados que estavam a guardar o arsenal foram "negligentes".

Casas e edifícios ao redor do quartel ficaram completamente destruídos e enormes blocos de betão foram projetados pelas ruas a centenas de metros, de acordo com imagens da estação de televisão estatal TVGE.

Horas depois do acidente, Teodoro Obiang pediu a ajuda da comunidade internacional, e na manhã de segunda-feira, o embaixador equato-guineense em Lisboa formalizou o pedido de apoio a Portugal e à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O Governo português indicou que o apoio à Guiné Equatorial "será equacionado em coordenação com a comunidade internacional, nomeadamente no quadro das Nações Unidas e da União Europeia".

A Guiné Equatorial, um país rico em recursos, mas com largas franjas da população abaixo do limiar da pobreza, integra a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) desde 2014.

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