Homem de 22 anos detido após ataque no 4 de Julho em Chicago

por Carla Quirino - RTP
Max Herman - Reuters

A polícia norte-americana deteve um homem de 22 anos alegadamente responsável pelo tiroteio que causou pelo menos seis mortos em Chicago, durante um desfile do Dia da Independência. O governador do Illinois, Jay Robert Pritzker, afirma que os tiroteios em massa estão a tornar-se uma "tradição americana".

Durante um desfile que assinalava o 4 de Julho, foram disparados diversos tiros em Highland Park, nos arredores de Chicago, contra a multidão. Eram 10h15 de segunda-feira (16h15 em Lisboa).

O atirador subiu a um telhado, disparando aleatoriamente em direção à população com uma arma de alta potência. De acordo com a polícia, um homem identificado como Robert E. Crimo III, de 22 anos, foi detido após uma perseguição.
As autoridades começaram por se referirem a Crimo como uma "pessoa de interesse" para a investigação. Depois de interrogatórios, a polícia acredita que foi ele o responsável pelas mortes de seis pessoas.


Cartaz divulgado pela Departamento da Polícia de Lake County, a pedir informações sobre Robert Crimo | Reuters

No telhado da loja de onde o atirador desferiu o ataque a polícia recuperou "provas de uma arma de fogo".

Para já ainda não foi feita qualquer acusação contra Crimo e não há indicação do motivo do ataque. Por momentos, quem assistia à parada pensou que o som dos tiros fosse de fogo de artifício. Mas depressa o dia festivo em Highland Park de lugar a um momento de pânico. Fugiram como puderam com as crianças e deixaram tudo para trás.

Cinco adultos foram mortos no local. A sexta vítima viria a morrer num hospital próximo. O ataque feriu pelo menos duas dezenas de pessoas.
Massacres, "tradição americana"
O governador democrata do Estado do Illinois, Jay Robert Pritzker, alertou para o problema da legislação das armas: "Haverá pessoas que dirão que hoje não é o dia, que agora não é hora de falar sobre armas. Eu digo que não há melhor dia e melhor hora do que aqui e agora".

Pritzker deixou mesmo um alerta: os tiroteios em massa estão a tornar-se uma "tradição semanal americana".
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que irá continuar a lutar contra "a epidemia de violência armada" no país. "Não vou desistir", disse, falando no exterior da Casa Branca, em Washington.

Em junho passado, Biden assinou o primeiro projeto de lei federal significativo sobre segurança de armas, inédito em quase 30 anos. O texto pretende impor um controlo mais rígido sobre a população jovem que compra armas. Acrescenta incentivos aos Estados para que retirem as armas a pessoas consideradas uma ameaça. Os críticos afirmam que as medidas estão longe de serem suficientes.

O ataque em Highland Park ocorre um mês após tiroteios em Uvalde, Texas e Buffalo, no Estado de Nova Iorque.
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