Hong Kong. Polícia detém 50 ativistas e políticos da oposição

por Mário Aleixo - RTP
A polícia de Hong Kong tem sido implacável contra os opositores ao regime Tyrone Siu - Reuters

A polícia de Hong Kong deteve nas últimas 24 horas cerca de 50 ativistas e políticos da oposição pela alegada violação da controversa Lei de Segurança Nacional, noticiou a imprensa da região administrativa especial chinesa.

Muitos dos opositores, incluindo vários ex-deputados, foram detidos pela participação em julho nas "primárias" do campo pró-democracia, antes das eleições legislativas de setembro.

As legislativas foram posteriormente adiadas devido à pandemia do novo coronavírus, justificaram então as autoridades locais.

O jornal de Hong Kong South China Morning Post (SCMP) indicou que o número de detidos é o mais elevado desde que a polémica Lei de Segurança Nacional entrou em vigor, em 30 de junho, prevendo até prisão perpétua em casos de secessão ou conluio com forças estrangeiras.

Segundo o SCMP, a maioria dos detidos tinha organizado ou participado nas "primárias" promovidas pelo campo pró-democracia, como parte de uma estratégia para obter "mais de 35" deputados no Conselho Legislativo, de forma a assumir o controlo da legislatura que integra 70 membros.

A legislação imposta no território em 30 de junho por Pequim prevê a prisão perpétua (o que não sucede em Macau, a outra região administrativa especial chinesa) e a punição para quatro tipos de crimes: atividades subversivas, secessão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras que ponham em risco a segurança nacional.
Blinken condenou as detenções
O futuro chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, defendeu que as detenções efetuadas representam um "ataque" aos "direitos universais".

"As detenções em massa de manifestantes pró-democracia são um ataque aos que defendem corajosamente os direitos universais", escreveu Blinken na conta na rede social Twitter.

A futura "administração vai estar ao lado do povo de Hong Kong e contra a repressão da democracia em Pequim", acrescentou aquele que foi escolhido pelo presidente eleito, Joe Biden, para ser o próximo secretário de Estado.

c/ agências


c/Lusa
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