Human Rights Watch acusa Grécia de deter migrantes em condições que potenciam surto

por Lusa
Elias Marcou, Reuters

A Human Rights Watch (HRW) acusou hoje as autoridades gregas de deterem arbitrariamente quase dois mil migrantes em condições inaceitáveis que potenciam o surto da covid-19, negando-lhes o direito de apresentar pedidos de asilo.

Segundo a organização não-governamental, as autoridades afirmam que estão a manter os recém-chegados, incluindo crianças, pessoas com deficiência, idosos e mulheres grávidas, em quarentena devido à epidemia da covid-19, "mas a ausência de precauções básicas de saúde provavelmente irá ajudar o vírus a espalhar-se".

"Forçar as pessoas, algumas das quais com alto risco de doença grave ou morte, a viver em condições insalubres sujas e apertadas, (...) é uma receita para espalhar o vírus, sem mencionar que é degradante e desumano", sublinhou Belkis Wille, da HRW.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil.

Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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