Humilhação para os EUA. Conselho de Segurança chumba prolongamento do embargo ao Irão

por RTP
O secretário de Estado Mike Pompeo, confrontado em fevereiro deste ano com um protesto contra as sanções ao Irão Carlos Barria, Reuters

Pouco depois de ter festejado como retumbante vitória diplomática o acordo entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, os Estados Unidos tiveram de engolir uma pesada humilhação no Conselho de Segurança da ONU. O Irão, pelo contrário, rejubila com o resultado da votação.

A resolução proposta pelos Estados Unidos visava prolongar o embargo de armas ao Irão, mas foi recusada por uma maioria esmagadora, com apenas dois votos favoráveis em 15 membros permanentes do Conselho de Segurança.

Entre as 11 abstenções incluíram-se o Reino Unido, a França e a Alemanha. Os tradicionais aliados dos EUA recusaram o seu apoio à iniciativa norte-americana. O único país que votou ao lado dos EUA foi a República Dominicana.

O secretário de Estado norte-americano reagiu com expectável desagrado no Twitter, dizendo que o Conselho de Segurança optara por permitir ao Irão continuar a "comprar e vender armas mortíferas" e que os EUA continuariam a trabalhar para corrigir este "erro".


O presidente iraniano Hassan Rohani, citado pela Agência France Presse, declarou que "os EUA falharam nesta conspiração, humilhados". E acrescentou: "Em minha opiniãoo dia de hoje ficará na História do nosso país e na História da luta contra a arrogância mundial".

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Moussavi, declarou por seu lado: "Em 75 anos de História das Nações Unidas, a América nunca ficou tão isolada".
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