As tropas israelitas abateram hoje a tiro um palestiniano durante uma incursão militar na Cisjordânia, anunciaram fontes oficiais locais, numa altura em que continua a aumentar a violência e as mortes na região.
O exército israelita indicou ter entrado na localidade de Yabad, no norte da Cisjordânia, para prender um ativista palestiniano que era um militante procurado, após o que "um grupo de homens armados" abriu fogo e lançou explosivos contras as forças de Israel, que ripostaram.
O exército israelita, que não explicou as circunstâncias da morte de um habitante da Cisjordânia, adiantou que acabou por deter o ativista palestiniano, que, sustentou, se encontrava na posse de uma arma automática e de cerca de 15.000 dólares (14.540 euros) em dinheiro.
No entanto, o Ministério da Saúde palestiniano disse que um homem foi morto aparentemente durante a incursão militar israelita, mas também não avançou pormenores.
Yabad está localizado perto de Jenin, um reduto de militantes palestinianos onde o exército israelita efetua ofensivas e incursões militares numa base quase diária.
Os ataques israelitas constituem uma resposta à série de ataques mortais realizados pelas forças palestinianas na primavera passada, que provocou a morte a 19 pessoas, entre militares e civis.
Desde janeiro, mais de 140 palestinianos foram mortos em combates contra o exército israelita na Cisjordânia e no leste de Jerusalém, tornando-se o ano mais mortal desde 2006.
O exército israelita afirma que a maioria dos palestinianos mortos são ativistas anti-Israel.
No entanto, entre as vítimas mortais figuram também jovens que atiram pedras durante as incursões dos soldados israelitas, bem como civis que não estiveram envolvidos em quaisquer confrontos.
Em sentido inverso, e segundo o gabinete do primeiro-ministro de Israel, pelo menos 31 pessoas, entre militares e civis, morreram desde o início do ano em ataques árabes ao Estado judaico e na Cisjordânia ocupada.
Os confrontos intensificaram-se desde que, na semana passada, um bombardeamento atribuído a grupos palestinianos em Jerusalém provocou a morte a dois israelitas.
Israel conquistou a Cisjordânia durante a guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, o mesmo sucedendo à zona leste de Jerusalém e à Faixa de Gaza, territórios que os palestinianos reclamam como seus e que defendem que integram o Estado independente da Palestina.