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Israel acusado de plantar dispositivos de espionagem perto da Casa Branca

por RTP
Presidente norte-americano, Donald Trump, na Sala Oval da Casa Branca, em Washington DC, nos Estados Unidos Reuters - Leah Millis

Três antigos funcionários do Governo norte-americano acusaram Israel de instalar dispositivos eletrónicos, nas proximidades da Casa Branca, para ouvir as comunicações telefónicas. Ao que parece, estes equipamentos tinham como objetivo espiar Donald Trump e os seus principais assessores.

O Governo norte-americano concluiu que os dispositivos eletrónicos de vigilância, encontrados perto da Casa Branca e em outros locais de Washigton DC, foram plantados pelo Governo de Israel.Estes simuladores, mais conhecidos como “StingRays”, geralmente são utilizados para espiar criminosos por serem capazes de intercetar conversas privadas e roubar informações confidenciais. Segundo o Vice News, cada dispositivo custa mais de 150 mil dólares.

"Ficou claro que os israelitas eram responsáveis", afirmou um dos antigos funcionários do FBI, com base numa análise forense, bastante detalhada, aos dispositivos supostamente utilizados.

De acordo com o testemunho de três antigos altos funcionários norte-americanos, os agentes israelitas têm vindo a espiar as conversas privadas de Donald Trump desde há quase dois anos.

No entanto, um porta-voz da embaixada israelita, em Washington, negou as acusações “sem sentido”.

Essas alegações são um absurdo absoluto. Israel não conduz operações de espionagem nos Estados Unidos, ponto final”, assegurou Elad Strohmayer.

O gabinete de Benjamin Netanyahu também negou as afirmações, segundo revelou o jornal israelita Haaretz.

“Uma mentira descarada. Há um compromisso de longa data e uma diretiva do Governo israelita para não nos envolvermos em nenhuma operação de Inteligência nos Estados Unidos. Esta diretiva é rigorosamente aplicada, sem exceção”.

Na maioria dos casos de espionagem estrangeira descobertos em solo norte-americano, as consequências impostas pelo Presidente dos Estados Unidos costumam ser implacáveis. Desta vez, Donald Trump optou por não repreender o Governo israelita.

Um dos antigos funcionários do Serviço de Inteligência do FBI criticou a forma como Trump lidou com a situação.

"A reação foi muito diferente do que teria sido no último Governo", revelou o antigo funcionário.

Apesar de o Governo de Trump não comentar os “assuntos relacionados com segurança ou inteligência”, o antigo funcionário considera que devia ter emitido, pelo menos, uma repreensão diplomática formal e condenar Israel pelas suas ações.

O FBI recusou-se a comentar o assunto. O jornal norte-americano Politico adiantou ainda que o Departamento de Segurança Interna e o serviço secreto dos Estados Unidos também não teceram quaisquer comentários.
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