A polícia israelita deteve hoje durante algumas horas, o ministro palestiniano Fadi al-Hidmi, por ter acompanhado a visita do presidente chileno Sebastián Pinera ao Monte do Templo, em Jerusalém oriental. O advogado de Hidmi declarou que a detenção se fez para dar satisfação à extrema-direita israelita.
Jerusalém oriental é, à face da lei internacional, território palestiniano, que deverá ser destinado à capital do futuro Estado palestiniano. Fadi al-Hidmi reside em Jerusalém oriental e acompanhou a visita que a diplomacia chilena acordara com a diplomacia israelita.
Contudo, o facto de vários membros da Autoridade Palestiniana terem acompanhado a visita de Pinera ao Monte do Templo enfureceu as autoridades israelitas, que tinham motivos para ver nisso uma reafirmação sibilina da soberania palestiniana, tal como ela é reconhecida pela comunidade internacional. Depois de uma forte pressão, vinda em particular dos arraiais da extrema-direita, o presidente chileno apresentou as suas desculpas para poder prosseguir a visita oficial.
Segundo citação do diário israelita Jerusalem Post, o advogado de Hidmi, Muhamad Jbarra, declarou que "esta foi uma detenção política para apaziguar a extrema-direita de Israel". O ministro palestiniano foi interrogado durante várias horas e depois libertado incondicionalmente.
Hidmi, educado no Reino Unido, era antes o director-geral da Câmara de Comércio e Indústria de Jerusalém oriental, e foi recentemente nomeado ministro da Autoridade Palestiniana para os Assuntos de Jerusalém.