O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que o país irá formar uma unidade de defesa espacial para se proteger de eventuais ameaças. O Japão está preocupado com a atividade espacial da Rússia e da China.
Esta segunda-feira Shinzo Abe afirmou que pretendia que o seu país se defendesse de ameaças cibernéticas ou de interferência eletromagnética nos seus satélites.
A Unidade de Missões do Domínio Espacial vai ter início em abril e ficará colocada numa base aérea existente em Funchu, nos subúrbios de Tóquio, como parte integrante da Força Aérea de Autodefesa do Japão, declarou Abe, citado por The Australian. O papel da unidade espacial será conduzir a navegação e as comunicações por satélite para outras tropas no campo.
Em dezembro do ano passado, Abe aprovou um orçamento de 670 milhões de euros em projetos relacionados com o espaço.
A unidade vai cooperar com o Comando Espacial dos EUA, que Trump estabeleceu em agosto, bem como com a Agência Aeroespacial do Japão.
O primeiro-ministro japonês pressionou a Força de Autodefesa do Japão para expandir o seu papel e a sua capacidade internacional, reforçando a cooperação e a compatibilidade de armas com os EUA, trabalhando cada vez mais ao lado das tropas americanas e estando mais atentos à evolução das capacidades da China e da Coreia do Norte.
Shinzo Abe afirmou ainda estar determinado em resolver os problemas do passado com a Coreia do Norte.
Abe reiterou a sua intenção de manter conversações com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, sem as condições exigidas no passado, como desnuclearizar a península coreana, avança a Associated Press.
O primeiro-ministro está a tentar dar às forças armadas japonesas tarefas menos defensivas. Shinzo Abe está a tentar implementar na Constituição japonesa uma forma de o Japão poder resolver conflitos internacionais, usando a violência.