Kiev e Bucareste assinam acordo bilateral de segurança

por Lusa

Os presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Roménia, Klaus Iohannis, assinaram hoje em Washington um acordo bilateral de segurança que se centra no reforço das capacidades ucranianas para se defenderem da invasão russa.

O documento assinado pelos dois chefes de Estado à margem da Cimeira da NATO na capital norte-americana sistematiza a cooperação existente entre a Roménia e a Ucrânia em vários domínios e ao mesmo tempo estabelece um quadro político para continuar a colaboração, destaca a agência romena Agerpres.

O documento determina que os dois países vizinhos procurem reforçar a cooperação nas esferas da política, da defesa, da segurança, do comércio, da economia, bem como da ciência e da cultura.

Outros pontos determinam que a Roménia apoia a integração europeia e euro-atlântica da Ucrânia, afirmando que "o futuro da Ucrânia está na NATO", ao mesmo tempo que "faz parte da família europeia".

O acordo sublinha ainda que a segurança da Ucrânia depende e faz parte da segurança e estabilidade da região do Mar Negro.

A Roménia contribuirá para garantir a segurança marítima na região, "em particular através da Coligação para a Capacidade de Segurança Marítima", adianta.

Bucareste continuará a apoiar a Ucrânia em matéria de defesa durante o tempo que for necessário, refere o documento, acrescentando que o "diálogo estratégico" entre os dois países será mantido.

"O apoio militar romeno facilitará a modernização das forças de segurança e defesa da Ucrânia, e um maior grau de interoperabilidade com a NATO", sublinham os signatários, acrescentando que Bucareste proporcionará formação individual e coletiva às forças de segurança e defesa.

O acordo, que entra hoje em vigor e terá a duração de dez anos, inclui também o aprofundamento da cooperação na indústria de defesa, bem como na luta contra os ataques híbridos russos e o crime organizado.

Os dois países vão cooperar nos domínios da inteligência e da cibersegurança, bem como na luta contra o terrorismo químico, biológico, radiológico e nuclear.

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