Kuwait e Bahrais solidários com Arábia Saudita face a acusações ao príncipe herdeiro

por Lusa

Kuwait e Bahrain manifestaram apoio à Arábia Saudita após a publicação de um relatório norte-americano que refere que o príncipe herdeiro Mohamed bin Salmán aprovou a operação para assassinar o jornalista Jamal Khashoggi em 2018.

Os ministérios dos Assuntos Exteriores do Kuwait e do Bahrain afirmaram, em comunicados distintos, o seu apoio à Arábia Saudita que na sexta-feira negou categoricamente as informações dos serviços de inteligência norte-americanos sobre a morte do jornalista, considerando-as "injustificadas e incorretas" e que "não podem ser aceites de forma alguma".

Na sexta-feira, o gabinete da diretora da Inteligência Nacional dos EUA publicou um documento em que afirma que o príncipe herdeiro Mohamed Bin Salman "aprovou a operação em Istambul, Turquia, para capturar ou matar o jornalista saudita Jamal Khashoggi".

O relatório acrescenta que esta avaliação se baseia no controlo de Bin Salman sobre o processo de tomada de decisão no reino, bem como no envolvimento direto de conselheiros e membros da segurança do príncipe herdeiro no homicídio e seu apoio ao uso de medidas violentas para silenciar dissidentes no exterior.

Assinala ainda que durante o homicídio do jornalista, Bin Salmán provavelmente fomentou um ambiente em que seus assistentes temiam fracassar nas tarefas que lhes foram confiadas face à possibilidade de serem demitidos ou presos.

Khashoggi, de 59 anos, residente nos Estados Unidos da América e colaborador do diário The Washington Post, era um grande crítico da família real saudita.

Em 02 de outubro de 2018 entrou no consulado saudita em Istambul do qual nunca saiu, tendo disso assassinado por um grupo de pessoas que lhe mutilaram o corpo que nunca foi recuperado.

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