Líderes muçulmanos pretendem Jerusalém Oriental como capital da Palestina

por Jorge Almeida - RTP
Osman Orsal - Reuters

Os líderes de 57 países muçulmanos pediram ao mundo que reconheça “o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”. A decisão de Trump foi considerada “nula e sem efeito”.

Reunidos em Istambul, os líderes de 57 países muçulmanos, decidiram excluir os Estados Unidos de qualquer papel no processo de paz, na sequência de Donald Trump ter reconhecido na semana passada Jerusalém como capital de Israel.

O Presidente da Autoridade da Palestina, Mahmoud Abbas, disse no seu discurso, que as Nações Unidas devem assumir o controlo das negociações de paz.

Um comunicado da Organização do Comércio Islâmico declara a decisão do Presidente dos Estados Unidos, “nula e sem efeito”.
Estatuto de Jerusalém no coração do conflito
A decisão tomada por Trump atingiu o coração do conflito entre israelitas e palestinianos.

Jerusalém é considerada um local sagrado pelas três principais religiões monoteístas, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, principalmente a parte oriental da cidade.

Líderes de 57 países muçulmanos estiveram reunidos em Istambul. Foto: Osman Orsal - Reuters

Os chefes de estado muçulmanos consideram que Washington “será totalmente responsável por todas as consequências se não voltar atrás na sua decisão”.

No mesmo comunicado acusam os EUA de “debilitar” os esforços de paz e alertam que Trump originou “um impulso ao extremismo e ao terrorismo”.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu “enfrentar o bullying americano” e classificou Israel como um “estado de terror”.
pub