Livro revela relações "inapropriadas" de filha e nora de Trump com agentes dos Serviços Secretos

por Inês Moreira Santos - RTP
Reuters

O livro de Carol Leonnig, sobre os Serviços Secretos norte-americanos, ainda não foi publicado, mas alguns excertos divulgados nos media já estão a dar que falar. Segundo a obra da jornalista do Washington Post, há membros da família de Donald Trump que se tornaram "inapropriadamente - e talvez perigosamente - próximos" de alguns agentes dos Serviços Secretos, indigitados para proteger o ex-presidente dos Estados Unidos.

Zero Fail: The Rise and Fall of the Secret Service (em português Zero Falhas: A Ascensão e Queda do Serviço Secreto), ainda não está à venda, mas o Guardian teve acesso a uma cópia e revelou excertos que já se tornaram polémicos.

O livro da jornalista Carol Leonnig revela, de acordo com o jornal britânico, que houve uma "aproximação inapropriada" de alguns membros da família Trump a agentes dos Serviços Secretos, nomeadamente por parte da filha e da nora do ex-presidente republicano.

Vanessa Trump, ex-mulher de Donald Trump Jr., terá tido uma relação do foro amoroso com um dos funcionários contratados para proteger a família, segundo revela Leonnig. No livro que deve ser publicado na próxima semana, a autora escreve que a nora de Donald Trump "começou a namorar um dos agentes que tinha sido atribuído à sua família".

Segundo a mesma cópia, Vanessa Trump pediu o divórcio em 2018 - uma ação que não teve contestação - e o agente com quem se envolveu não terá sido alvo de qualquer ação disciplinar.
Tiffany Trump terminou namoro por "Agente Secreto"
Carol Leonnig, que venceu o prémio Pulitzer em 2015 depois de ter denunciado falhas de segurança nos Serviços Secretos, revela ainda que há uma outra relação suspeita: a filha de Donald Trump, Tiffany Trump, também se terá envolvido com um outro membro dos Serviços Secretos, responsável pela sua segurança.Carol Leonnig integrou a equipa do Washington Post que divulgou ainda os documentos de Edward Snowden, trabalho que também lhe valeu um Pulitzer.

De acordo com a informação revelada pela imprensa, Tiffany pôs fim à relação em que estava e "começou a passar muito tempo sozinha com o agente destinado a protegê-la".

Ao chegar ao conhecimento das altas patentes dos Serviços Secretos norte-americanos, terá surgido a preocupação "com o quão perto Tiffany parecia estar do agente alto, moreno e bonito", escreve a autora. De acordo com as normas, os agentes são proibidos de estabelecer qualquer tipo de relacionamento pessoal com as pessoas cuja a proteção é da sua responsabilidade.

No entanto, a filha do ex-presidente dos EUA e o "guarda-costas" em questão garantiram a Leonnig que não houve nenhuma relação entre ambos e que só passavam muito tempo juntos porque fazia parte das funções do agente. Devido às preocupações que esta "aproximação inapropriada" começou a gerar, o funcionário foi colocado noutras funções.

"Isto não mais é do que uma fofoca e não é verdade. A relação de Tiffany com os Serviços Secretos foi inteiramente profissional", declarou um porta-voz da filha do ex-presidente ao Washington Post.

No livro não é esclarecido Donald Trump foi informado destes casos, mas é do conhecimento do público que, enquanto presidente, foram várias as mudanças que operou na equipa de segurança. A autora, contudo, recorda que Trump tentou várias vezes demitir funcionários dos Serviços Secretos por considerá-los gordos ou baixos demais para o cargo.

"Quero esses sujeitos gordos fora da minha equipa", terá dito o antigo residente da Casa Branca, possivelmente confundindo o pessoal do escritório com os agentes ativos. "Como me vão proteger a mim e à minha família se não conseguem correr pela rua?".

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