Mais de 200 famílias separadas nas fronteiras dos EUA podem voltar a reunir-se

por Lusa

Mais de 200 famílias de migrantes cujos membros foram separados na fronteira sob a política de "tolerância zero" do ex-Presidente Donald Trump, vão poder voltar a reunir-se, informaram as autoridades.

De acordo com Michelle Brané, diretora do grupo de trabalho para a reunificação familiar, criado pelo Presidente Joe Biden, mais de 280 menores -- nativos da Guatemala, Honduras, El Salvador, Brasil e Venezuela - foram identificados para o processo de reunião familiar.

Entre 2017 e 2018, o Governo do então presidente Donald Trump separou à força mais de 5.000 menores das suas famílias, que chegaram à fronteira dos Estados Unidos com o México pedindo asilo.

Os menores foram distribuídos por abrigos em diferentes partes do país e, em muitos casos, os pais deportados não tiveram acesso a informações para localizar os seus filhos.

Em outubro, o grupo chefiado por Brané informou que, até final de setembro, 1.727 menores continuavam separados das suas famílias, mas que outros 2.171 menores haviam sido levados até às suas famílias, graças ao trabalho de organizações não governamentais.

As famílias reunidas podem agora requerer uma autorização de residência por três anos, com autorização de trabalho, e, no final desse período, terão o direito de pedir uma prorrogação dessa autorização ou de regressar ao seu país.

Pelo menos 920 famílias já processaram o Governo dos Estados Unidos e reivindicaram indemnizações pelos danos emocionais e psicológicos das separações e, em alguns casos, pelos abusos sofridos por menores.

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