Mais de 600 pessoas em quarentena em Timor-Leste, confirma Ministério da Saúde

por Lusa

Mais de 600 pessoas estão em quarentena em Timor-Leste, a maioria em casa e os restantes em quatro locais designados pelas autoridades, no âmbito das medidas de prevenção da covid-19, indicou hoje o Ministério da Saúde.

O maior grupo de pessoas, mais de 380, estão a cumprir a quarentena em casa, sendo que cerca de 170 estão em dois locais em Díli e 76 em dois locais na zona da fronteira terrestre com a Indonésia.

Até agora, mais de 185 pessoas já concluíram, em casa, uma quarentena de 14 dias no país, com um caso de infeção.

Timor-Leste está a preparar-se para a aplicação do estado de emergência, devendo ser assinado durante o dia pelo Presidente timorense, Francisco Guterres Lu-Olo, o decreto que marca o início do período de um mês de exceção, que começa às 00:00 de sábado (15:00 de sexta-feira em Lisboa).

Na manhã de sábado, o Governo vai reunir-se para aprovar os decretos e as resoluções que estabelecem as medidas a aplicar, no âmbito do estado de emergência.

Em termos gerais, as medidas podem "implicar a limitação ou suspensão do exercício de direitos, liberdades e garantias fundamentais, como o direito à liberdade, direito de reunião e de manifestação, a liberdade de circulação, o direito de propriedade e iniciativa económica, a liberdade de culto (na sua dimensão coletiva) e o direito de resistência", indicou.

Entre as "condicionantes aos direitos, liberdades e garantias", o Presidente timorense referiu controlos sanitários nos portos e aeroportos, confinamento compulsivo e medidas para assegurar a circulação internacional de bens e serviços essenciais.

Fica ainda impedido "todo e qualquer ato de resistência ativa ou passiva" às ordens dadas pelas autoridades, sendo que pode ser requisitado a prestação de serviços e o uso bens móveis ou imóveis, estabelecimentos comerciais ou industriais, ou outros condicionamentos da iniciativa económica privada.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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