Malta. Detido empresário suspeito da morte de jornalista

por RTP
Porto onde empresário terá sido detido Reuters

Na madrugada desta quarta-feira a polícia de Malta deteve Yorgen Fenech, um dos maiores empresários do país, por suspeitas de envolvimento na morte da jornalista Daphne Caruana Galizia, que acompanhava casos de corrupção. A detenção acontece um dia depois de um suspeito ter recebido perdão em troca de informações.

O empresário foi detido no seu iate enquanto tentava abandonar o país, a partir do porto de Portomasso, no norte da ilha. Fenech foi intercetado às 5h30 e acompanhado de volta ao porto pela polícia.

Yorgen Fench é dono da empresa 17 Black, que está acusada de fazer parte uma rede criminosa ligada à industria das apostas online.

Oito meses antes de sua morte, Daphné Caruana Galizia escreveu sobre essa empresa no seu blogue, afirmando que tinha ligações a políticos malteses.

A detenção do empresário acontece um dia depois de Joseph Muscat, primeiro-ministro de Malta, ter oferecido perdão a um homem, detido por suspeita de lavagem de dinheiro, que teria informações sobre o mandante do homicídio da jornalista, há dois anos.

Muscat garantiu que se “a informação for suficiente para processar o autor moral deste crime, receberá um indulto presidencial”.

Daphne Caruana Galizia foi assassinada em outubro de 2017 depois de ter sido colocada uma bomba no seu carro.

Estão detidos três homens por terem colocado a bomba no carro de Caruana Galizia. No entanto, segundo as autoridades, o mandante ainda se encontra em liberdade.

Aquando do seu assassinato, Caruana Galizia investigava vários casos de corrupção entre os políticos malteses, no âmbito dos “Papéis do Panamá. Entre os investigados estava o primeiro-ministro Joseph Muscat e a sua mulher.
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