Marcelo Rebelo de Sousa "feliz" com ato eleitoral na Guiné-Bissau

por Lusa

Praia, 10 mar (Lusa) -- O Presidente da República português manifestou-se hoje, pouco depois de chegar a Cabo Verde, "feliz" com a forma como decorreu o ato eleitoral na Guiné-Bissau e mostrou-se expectante em relação ao que se irá passar.

Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje chegou à cidade da Praia, em Cabo Verde, proveniente de Angola, onde realizou uma visita de Estado, falava à RTP sobre as eleições na Guiné-Bissau.

Afirmando que ainda hoje terá um encontro com o seu homólogo cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, o chefe do Estado português disse que os dois estão "expectantes" e "aguardando o que se vai passar lá".

"Mas estamos felizes pelo facto de estar a decorrer o ato eleitoral com uma normalidade e com um caráter muito pacífico próprio da estabilidade das instituições e isso é bom, estamos felizes com isso", acrescentou.

Na segunda-feira, Marcelo Rebelo de Sousa visita a Biblioteca Escolar da Escola de Salineiro, perto da Cidade Velha, ilha de Santiago, uma das nove erguidas ao abrigo do projeto "Dinamização de Bibliotecas Escolares", financiado pelo Instituto Camões e implementado em parceria com os ministérios da Educação e da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde.

Para o início da tarde está previsto o regresso do Presidente da República a Portugal.

Mais de 761 mil eleitores guineenses foram hoje chamados às urnas para eleger um novo parlamento entre os candidatos apresentados por 21 partidos políticos.

As urnas abriram às 07:00 locais (mesma hora de Lisboa) e encerraram às 17:00.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) guineense deverá revelar os resultados oficiais provisórios na terça-feira e esta segunda-feira fará um primeiro balanço da votação, que este organismo considerou ter decorrido, de uma forma global, sem sobressaltos.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, afirmou hoje que o escrutínio estava a decorrer com normalidade, "sem mortes, sem espancamento, sem golpes de Estado, sem prisões arbitrárias, sem prisioneiros políticos, e com liberdade de expressão, de manifestação e imprensa", classificando o país como um "campeão da liberdade".

As eleições legislativas, que estiveram inicialmente marcadas para novembro do ano passado - foram impostas pela comunidade internacional após uma longa crise política, criada após a demissão do primeiro-ministro em 2015, Domingos Simões Pereira, apesar de o seu partido - Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) - ter a maioria absoluta.

Entre os 21 partidos candidatos, três dizem esperar governar: o PAIGC, o Partido da Renovação Social (PRS) e o Movimento para a Alternância Democrática (Madem), este último criado a partir de uma dissidência dentro da maior formação partidária do país.

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