Marine Le Pen fala de "ameaça quotidiana" do terrorismo

por Lusa

A candidata da extrema-direita às eleições presidenciais francesas, Marine Le Pen, reagiu ao atentado de Londres referindo-se à "ameaça quotidiana" do terrorismo, durante uma visita ao Chade no âmbito da sua campanha.

"Apresento as minhas condolências ao povo britânico. Isto prova que a ameaça não está ultrapassada, mas que ela está connosco, quotidiana, e que assume cada vez mais a forma de um terrorismo individual", declarou Le Pen numa conferência de imprensa em N`Djamena.

A presidente da Frente Nacional (FN) considerou, por outro lado, que a demissão do ministro do Interior francês, Bruno Le Roux, representou "uma falha de segurança".

"Estamos em plena luta antiterrorista e esta instabilidade no Ministério do Interior coloca-nos um problema de segurança no país", defendeu.

Le Roux demitiu-se na terça-feira após revelações sobre o emprego das suas filhas como colaboradoras parlamentares.

A líder da extrema-direita francesa chegou na terça-feira ao Chade e reuniu-se hoje com os militares franceses da operação Barkhane de luta contra os grupos `jihadistas` no Sahel, depois de na véspera se ter encontrado com o Presidente chadiano, Idriss Déby Itno.

"Consagraremos um grande e específico esforço imediato e de longo prazo aos cinco Estados do Sahel", declarou Le Pen, referindo-se ao G5 Sahel, agrupamento de cinco países (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade) aliados contra os `jihadistas`.

Partidária de uma saída da França do euro, Le Pen criticou o franco CFA, moeda comum a uma quinzena de países africanos: "Eu defendo a liberdade e a soberania e, logo, por consequência, os Estados devem ter a sua própria moeda. O CFA é um inconveniente para o seu desenvolvimento económico".

A candidata presidencial francesa foi igualmente recebida pelo presidente da Assembleia Nacional do Chade, Haroun Kabadi.

"Quero que África seja a primeira das prioridades internacionais da França e fiz disso uma das partes essenciais do meu programa", declarou na ocasião, frisando que essa escolha não deriva "nem da cobiça, nem da caridade".

Por outro lado, Marine Le Pen recordou que quer que os estudantes africanos regressem aos respetivos países depois de estudarem em França.

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