Marinha mexicana pede desculpa por relatos falsos de rapariga viva em escombros

por RTP
Autoridades e voluntários continuam buscas por sobreviventes Reuters

Um oficial da Marina mexicana pediu desculpa devido à difusão de relatos falsos sobre uma rapariga de 12 anos que se encontrava viva e presa nos escombros de uma escola, que ruiu após o terramoto de terça-feira e cujo balanço já ultrapassa as 280 mortes.

Na quarta-feira foram difundidas notícias que uma rapariga de apenas 12 anos estava presa nos escombros de uma escola e se encontrava ainda com vida. Os relatos levaram à junção de vários socorristas para tentarem retirar a menina dos escombros da escola Enrique Rebsamen.

No entanto, os relatos acabaram por se tornar falsos. Apesar dos muitos esforços, as autoridades e pessoas que estavam nas operações de salvamento aperceberam-se que não estava ninguém debaixo dos escombros e que a contagem de pessoas presentes na escola já estava feita.

Angel Enrique Sarmiento, um oficial da Marinha mexicana, disse que todas as crianças encontradas na escola já tinham saído do local. Para além de algumas terem acabado por morrer, muitas outras foram levadas para hospitais. O oficial mexicano acabou por revelar que não havia rapariga presa nos escombros da escola ainda com vida.

Depois da explicação, seguiu-se um pedido de desculpas público.

“Quero que fique claro que a informação que o público mexicano recebeu sobre a existência de uma rapariga que estava viva debaixo de escombros foi anunciada pela Marinha através de relatos de civis e socorristas”.

“Ofereço ao público mexicano um pedido de desculpas pela informação que foi difundida, em que afirmei que não tinha detalhes sobre a suposta rapariga que estava viva”.

Apesar da informação falsa, continuam a acontecer buscas na escola Enrique Rebsamen, onde na manhã da última quinta-feira foi encontrado o último corpo, de uma mulher de 58 anos.

O terramoto, de 7,1 na escala de Richter, afetou a Cidade do México na última terça-feira e o balanço de vítimas já supera as 280 mortes. Para além das operações de busca nesta escola, várias brigadas constituídas por voluntários juntaram-se aos esforços das autoridades para tentar encontrar mais sobreviventes noutros locais da cidade.
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