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Membro dos "Beatles" do Estado Islâmico condenado nos EUA a prisão perpétua

por Lusa

El Shafee el-Sheikh, membro dos "Beatles" do grupo extremista Estado Islâmico, especialista na captura, tortura e execução de reféns ocidentais, foi hoje condenado nos Estados Unidos a prisão perpétua pela morte de quatro norte-americanos.

O homem de 34 anos permaneceu imperturbável perante o anúncio da sentença decretada por um tribunal da cidade de Alexandria, no Estado da Virgínia.

Segundo o tribunal, as ações de El Shafee el-Sheikh foram "horríveis, bárbaras, brutais, cruéis e criminosas". O veredicto ditou oito penas de prisão perpétua pela morte de dois jornalistas e dois trabalhadores humanitários.

A defesa de El Shafee el-Sheikh anunciou a intenção de recorrer da decisão.

A alcunha "Beatles" (nome de banda de rock de Liverpool da década de 1960) foi dada por reféns ocidentais ao grupo de `jihadistas` devido ao seu sotaque britânico. O grupo ganhou uma sinistra notoriedade ao encenar a execução de reféns.

El Shafee el-Sheikh foi preso pelas forças curdas sírias em 2018, tendo sido considerado culpado em abril por um júri popular, após um julgamento exaustivo que pôs a descoberto o sadismo dos "Beatles" do Estado Islâmico.

El Shafee el-Sheikh foi preso juntamente com outro membro dos "Beatles", Alexanda Kotey, um ex-cidadão britânico de 38 anos.

Os dois homens foram entregues às forças norte-americanas no Iraque e enviados para os Estados Unidos em 2020 para serem julgados.

Alexanda Kotey foi declarado culpado em setembro de 2021 e condenado a prisão perpétua em abril passado pelo mesmo tribunal.

Outro membro dos "Beatles", Aine Davis, de 38 anos, foi acusado e apresentado à justiça do Reino Unido na semana passada em Londres, depois de ter sido expulso da Turquia.

O mais conhecido do grupo, o britânico Mohammed Emwazi, ou "Jihadi John", foi morto por um `drone` americano na Síria em 2015.

Ativos na Síria entre 2012 e 2015, os quatro elementos dos "Beatles", todos radicalizados em Londres, são acusados de terem supervisionado a detenção de pelo menos 27 jornalistas e trabalhadores humanitários dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Espanha, Itália, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Japão, Nova Zelândia e Rússia.

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