As forças policiais da cidade de Acapulco, no sul do México, foram desarmadas e estão sob investigação por suspeitas de ligações a grupos de crime organizado. Vários elementos foram detidos durante uma operação aérea e terrestre à sede da polícia municipal, em torno da qual foi formado um cordão de segurança. Todas as munições, rádios e coletes à prova de bala foram apreendidos.
O Governo do país anunciou que a decisão de retirar as armas aos 700 polícias foi implementada pelo Grupo de Coordenação do Estado mexicano de Guerrero e é uma “consequência do aumento do crime registado no município e da falta de ação por parte das forças policiais”.
O chefe da segurança pública, Max Lorenzo Sedano, e todos os agentes sob o seu comando estão sob investigação.
O ministro mexicano da Segurança anunciou que irá ficar responsável pelas tarefas policiais em Acapulco por tempo indeterminado. As ruas serão, por enquanto, patrulhadas pela polícia federal e por militares.
Acapulco, que em tempos já foi um procurado destino turístico, é atualmente uma das cidades mais perigosas do México, com um elevado nível de crimes relacionados com drogas e homicídios. O Estado de Guerrero, onde está situada, é conhecido pela produção de ópio e é palco de frequentes confrontos entre cartéis de drogas rivais.
Houve mais de 30 mil homicídios no México no ano passado, o número mais elevado desde 1997. Em Guerrero, entre janeiro e agosto deste ano deram-se 1.507 assassinatos.