Milhares de venezuelanos manifestam-se em Madrid contra "farsa" eleitoral

por Lusa

Madrid, 20 mai (Lusa) - Centenas de venezuelanos, incluindo o ex-alcaide de Caracas e o líder da oposição naquele país Antonio Ledezma, manifestaram-se hoje de manhã em Madrid contra as eleições que decorrem na Venezuela e que classificam de "farsa".

Os manifestantes apelam à comunidade internacional para que não reconheça os resultados eleitorais e exija a libertação dos presos políticos venezuelanos.

Os participantes no protesto criticam também o ex-presidente do Governo espanhol José Luis Zapatero, que se encontra na Venezuela como observador, por ter declarado que "os comícios são livres".

A marcha dos manifestantes arrancou da Porta de Alcalá e continuou até à Praça da Ópera, com os presentes a exibirem uma enorme bandeira da Venezuela e cartazes com as frases "Venezuela Livre", "Queremos Liberdade" e "Não mais ditadura na Venezuela".

Outros optaram por transportar cruzes negras com o nome de presos políticos do país.

"Queremos denunciar perante o mundo a farsa eleitoral que se está a perpetuar na Venezuela e fazer um apelo à comunidade internacional para que continue solidária com a nossa causa e pressione a tirania que preside no país à margem da lei".

Os opositores ao Presidente Nicolas Maduro entendem que as eleições são uma "farsa" e que "não são livres e auditadas".

Quanto aos observadores internacionais, consideram que são "amigos incondicionais" do regime de Maduro, como é o caso de Zapatero.

A oposição apela também a todos os venezuelanos para que não votem e que "fiquem em casa pacificamente" em sinal de protesto.

A manifestação contou também com a presença do opositor venezuelano Léster Toledo, que alertou que as eleições não têm outra finalidade que não "lavar a imagem de Maduro e mantê-lo no poder".

"Pedimos à União Europeia que avalie os resultados destas eleições", disse, observando que com Maduro no poder "a crise humanitária e política vai continuar".

Tópicos
pub