Militares continuam a bloquear as ruas na capital guineense mas tiroteio acalma

por Lusa

Bissau, 12 abr (Lusa) - A capital guineense continua com ruas bloqueadas pelos militares, mas regista-se uma acalmia em termos de tiroteio, constatou a Agência Lusa em Bissau.

A rua Combatentes da Liberdade da Pátria, onde fica a casa de Carlos Gomes Júnior, está bloqueada pelos militares e também a rua da Segunda Esquadra tem barreiras militares, mas a principal praça da cidade, onde se situa a sede do PAIGC, o maior partido, está normal.

Na Presidência da República os militares não deixam passar veículos mas as pessoas estão a circular.

A rua Vitorino Costa, que dá acesso ao quartel da Marinha e onde fica a Rádio Nacional, também está bloqueada.

Nas ruas da capital guineense, habitualmente com pouca luz, há pessoas a circular mas em pouca quantidade.

Há largos minutos que não se escutam tiros na cidade, depois do tiroteio intenso registado cerca das 20:00 (21:00 em Lisboa).

As principais rádios da Guiné-Bissau estão sem emissão e na capital.

Ao início da noite militares dirigiram-se à Rádio Nacional e mandaram parar a emissão. Outras duas rádios também estão sem emitir.

Há militares nas principais ruas da capital, nomeadamente na rua onde mora Carlos Gomes Júnior, até agora primeiro-ministro e candidato a Presidente.

A TGB, Televisão da Guiné-Bissau, também está sem emissão.

Várias embaixadas, incluindo a portuguesa, estão cercadas por militares.

Estes incidentes registam-se na véspera do início da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais no país, que o segundo candidato mais votado na primeira, Kumba Ialá, está a boicotar.

 

 

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