Mina mata militar venezuelano e fere dois na fronteira com Colômbia

por Lusa

Um militar venezuelano morreu e dois outros ficaram feridos pela explosão de uma mina antipessoal quando estavam em patrulha na fronteira com a Colômbia, segundo um comunicado oficial divulgado hoje.

Este incidente ocorre quando as relações são particularmente tensas entre os dois Estados. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que disse ter sido visado por um atentado no sábado, acusou diretamente o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos. Bogotá qualificou de "absurda" esta acusação.

O incidente verificou-se ao fim do dia de domingo, na localidade de Catatumbo, no Estado de Zulia, no oeste do país, quando a sua viatura ativou o engenho explosivo, segundo o comandante militar da zona.

Os soldados estavam "à procura de elementos pertencentes a grupos violentos", avançou a fonte militar, sem mais detalhes.

Um sargento, chamado Bryan Acosta, foi amputado das pernas antes de "falecer no hospital militar de San Cristobal", no Estado de Tachira, no oeste, para onde tinha sido transferido de helicóptero, seguindo o comunicado.

Dois outros militares, com múltiplos traumatismos, também foram transportados para o hospital, onde se encontram "em estado estável".

Zona de produção de cocaína e com presença da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN) colombiano, a fronteira entre a Venezuela e a Colômbia é particularmente sensível.

O ELN, que combate o Estado desde 1964, conta com cerca de 1.500 combatentes.

O presidente colombiano cessante, Juan Manuel Santos, anunciou recentemente que o seu governo e o ELN não tinham conseguido concluir um cessar-fogo, o que o impediu de conseguir uma paz total no país.

Santos deixa este `dossier` delicado ao seu sucessor, Ivan Duque, que deve tomar posse na terça-feira, o qual defende uma linha dura com os guerrilheiros.

A Colômbia conhece um conflito armado que ao longo de 50 anos misturou guerrilhas, grupos paramilitares, forças do Estado e traficantes de droga.

Apesar das décadas de luta antidroga, a Colômbia continua a ser o primeiro produtor mundial de cocaína.

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